terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

LIXO: MATERIAL QUE SE JOGA FORA?

(Texto apresentado para avaliação dos alunos)
Lixo quem é responsável por ele? A ciência? A Química? A indústria? a sociedade?

quantas vezes já ouvimos alguém dizer isso? Lixo da rua, lixo de casa, de hospital... Na televisão e nos jornais,até de lixo atômico já ouvimos falar. Mas, afinal, você sabe o que essa palavrinha quer dizer?

Se você pensar em tudo aquilo que joga fora todos os dias e no motivo de fazer isso, já estará certamente muito próximo de uma resposta. O que você faz com aqueles cadernos velhos que já não servem mais e apenas ocupa suas gavetas?e com as latinhas vazias de refrigerante, depois de um final de semana daqueles?

O destino é um só: lixo!

E agora já deu para entender o que é lixo? São restos de tudo aquilo que fazemos, no nosso dia-a-dia, e que consideramos inútil, indesejável ou descartável. São todas aquelas coisas que já não servem mais.

Daí uma pergunta: será que o seu lixo é também o meu lixo? Ou melhor, será que tudo o que não serve mais para você também não serve mais para mim?

Se prestar atenção em tudo o que acontece ao seu redor, você vai ver que nem sempre o que é considerado lixo por uma pessoa é inútil também a outra.

Nas grandes cidades, principalmente, a maior parte do que uma pessoa joga no lixo poderia ser aproveitada por outra. Dados estatísticos indicam que 95% da massa total de resíduos urbanos tem um potencial significativo de reaproveitamento, o que nos leva à conclusão de que apenas 5% do lixo urbano é, de fato, lixo.

Por incrível que pareça, cada pessoa pode chegar a produzir até mais de 1 kg de lixo por dia! Você sabe o que isso representa?

As centenas de milhares de toneladas de lixo produzidas diariamente no Brasil ficam, em sua maioria, amontoadas em grandes depósitos a céu aberto: os lixões. Mantidos em grandes áreas, normalmente afastadas dos centros urbanos, esses lugares so completamente tomados por toda sorte de resíduos vindos dos mais diversos lugares, como residências, indústrias, feiras e hospitais.


Como o lixo é mal acondicionado nos lixões, permanecendo livre no ambiente ele contamina o solo e os lençóis subterrâneos de água, além de contribuir para a proliferação de insetos e ratos transmissores de doenças. Mas isso não acontece só nos lixões. Qualquer lugar em que o lixo esteja acumulado inadequadamente é propício disseminao das mais diversas e graves doenas. Dengue, febre amarela, disenteria, febre tifóide, clera, leptospirose, giardase, peste bubnica, ttano, hepatite A, malsia e esquistossomose so apenas alguns exemplos.

Nos lixões, dezenas de pessoas disputam restos que possam ser reaproveitados, garantindo o mínimo necessário sobrevivência. Adultos crianças e animais domésticos misturam-se aos dejetos, criando um ambiente favorável disseminação de doenças.

Segundo dados do IBGE de 2000, em cerca de 71,5% das cidades brasileiras com serviço de limpeza urbana, o lixo depositado em lixões. Uma pesquisa encomendada pelo Unicef em 1998 revela, ainda, que há lixões em 26% das capitais brasileiras, em 73% dos municípios com mais de 50 mil habitantes e em 70% dos municípios com menos de 50 mil habitantes. E praticamente em todos esses lixões existem pessoas trabalhando, incluindo crianças.

Segundo dados do Unicef, em 1998 existiam cerca de 45 mil crianças e adolescentes vivendo e trabalhando nos lixões espalhados pelo país. De acordo com documento do Ministério do Meio Ambiente (Criança, catador, cidado experiência de gestão participativa do lixo, Unicef, 1999), muitas das crianças nascidas no lixo são filhas de pais que nasceram ali. São meninas e meninos de diferentes idades. Desde os primeiros dias de vida são expostos aos perigos dos movimentos de caminhões e de máquinas, à poeira, ao fogo, aos objetos cortantes e contaminados, aos alimentos podres. Ajudam a seus pais a catar embalagens velhas, a separar jornais e papelões, a carregar pesados fardos, a alimentar porcos. Muitos desses meninos e meninas estão desnutridos e doentes. Sofrem de pneumonia, doenças de pele, diária, dengue, leptospirose. Nos lixões ficam sujeitos ainda a acidentes e a outros problemas, como abuso sexual, gravidez precoce e uso de drogas. Os adolescentes são frequentemente pais de uma ou duas crianças. Grande parte das crianças em idade escolar cerca de 30% nunca foi à escola. O lixo é sua sala de aula, seu parque de diversões, sua alimentação e sua fonte de renda. Ganham de R$ 1,00 a R$ 6,00 por dia, mas o trabalho que fazem é fundamental para aumentar a renda de suas famílias. Vivem em condições de pobreza absoluta. Reallizam um trabalho cruel. São crianças no lixo. Uma situação dramática e comum no Brasil .

O principal motivo de milhares de pessoas optarem por esse meio de vida é a situação socioeconômica do Brasil, resultante do baixo nível de escolarização da população, da sua no qualificação profissional e da má distribuição de renda.

E não é apenas nos lixões que a situação é muito grave. Na época das chuvas, os problemas com o lixo nas grandes cidades também aumentam consideravelmente. Bueiros entupidos por sacos de lixo e restos de muitos outros materiais não conseguem escoar toda a água e fazem com que o lixo apareça pro toda parte. com isso, grandes e desastrosas enchentes acontecem nas cidades.

Ao longo dos anos, o lixo passou a ser uma questão de interesse global. As dificuldades são as mesmas, seja aqui no Brasil, seja lá no japão: o destino do lixo e seu acondicionamento inadequado têm trazido graves problemas a todas as nações. Infelizmente, hoje podemos dizer que a questão do lixo é uma problemática internacional.

Santos, Sandra Maria de Oliveira, e outros, Projeto de ensino de Quḿica e sociedade, Nova Geração, 1a edição, S. Paulo, 2005, pág. 9.

Um bo exemplo é a questão do lixo atômico. somente a Central Nuclear de Angra dos Reis possui mais de 6 mil tambores de rejeitos nucleares em um depósito, considerado provisório, desde 1981. Para onde deveria ir esse lixo todo? Ele deve ficar nno Estado do rio de Janeiro, onde foi produzido? Ele deveria ser distribuído entre os Estados que fazem uso da energia produzida? Deveria ser enviado para outro país?

Como você pode ver, o lixo atômico é, de fato, um problema global. Até mesmo o transporte dessa carga nuclear tem envolvido diplomaticamente diversos países. O Brasil e outros países da América do Sul têm protestado contra o transporte de resíduos radioativos que é feito por navios britânicos ao longo da costa de nosso continente, em direção ao Japão. A companhia inglesa alega que o transporte é seguro. todavia, já houve acidentes, como as que ocorreram com embarcações que foram construídas com projetos modernos de alta segurança, caso dos naufrágios do titanic e do submarino russo Kursk.

Muito provavelmente, agora você deve estar pensando: mas o que tem a ver a Química com tudo isso?

Hum... Tudo a ver!

Para resolver grande parte dos problemas relacionados ao lixo, bastaria que descobríssemos maneiras eficientes de reduzir sua produção, de reaproveitá-lo e de acondicioná-lo corretamente. E então: você teria alguma idéia de como fazer isso sem pensar em recorrer ao apoio da Ciência, da tecnologia e de toda a sociedade?

2 comentários:

  1. nossa esse mes estou estudando sobre o lixo e aprendi muito com essa coizas apesar de ser grande e inportanti

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  2. é isso é mto bom ler !!! pricipalmente aqueles desacreditados da vida !!!

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