domingo, 19 de abril de 2009

O ÁTOMO - MODELOS E TEORIAS - PARTE I


CONCEPÇÃO ANTERIOR A CRISTO
Fonte: Grecia, http-wikiwand-comptGr%C3%A9cia_Antiga em 30/03/2018 as 17:56



A afirmação de que toda a matéria é formada de partículas discretas, indivisíveis, muito pequenas, movendo-se incessantemente no espaço vazio, vem sendo feita desde os hindus e gregos antigos.

Demócrito de Abdera (460 a.C. - 370 a.C., filosofo grego ). denominou estas partículas de átomo (palavra grega que significa indivisível). Otto Alcides Ohlweiler, na página 3 do livro "Introdução à Química Geral" da Editora Globo de Porto Alegre publicado em 1967 afirma "Leucipo de Mileto (nascido a 500 a.C., filoso grego) e, depois Demócrito, consideravam a substância do universo como formada de átomos". Na verdade, a ideia de Leucipo e Demócrito era a de que só se poderia dividir a matéria até um certo limite, ou seja, não se poderia dividir a matéria infinitamente. Ao se atingir esse limite de divisibilidade ter-se-ia chegado ao átomo.

Bueno(2) na página 24 afirma que a ideia de Demócrito é a de que "Tudo o que existe são partículas indivisíveis e espaço vazio. Elas são infinitas em número e forma, colidem umas com as outras e seus movimentos dão origem ao movimento universal, sendo que as suas uniões e separações se traduzem no aparecimento ou desaparecimento dos corpos"

A crença desta ideia filosófica da existência de partículas indestrutíveis, incriáveis, sólidas, incomprimíveis, diferindo em tamanho, forma , rigidez e poder de coesão teve a adesão de Epicuro de Samos (341 a.C. - 271 a.C., filósofo grego do período helenístico)e Tito Lucrécio Caro (nasceu e morreu no século I a.C. - poeta e filósofo latino).

Essas filosofias atomísticas foram bastante antagonizadas por Platão de Atenas (428 ou 427 a.C. - 347 a.C., filósofo grego.) e Aristóteles os quais pregavam que a matéria era divisível infinitamente. É importante destacar que esta concepção negativa apregoada por Platão e Aristóteles teve influência muito forte para que não houvesse grande repercussão da filosofia atomística tendo esta ficado praticamente no esquecimento até início do século XVII.

Apesar de está muito claro mas é muito importante salientar que tanto as afirmações de Demócrito como as de Aristóteles são teorias filosóficas e, desta forma, sem nenhuma base em experimentos.

Anúncios da existência do átomo com fundamentação experimental só veio a surgir no início do século XIX quando o cientista e professor do liceu inglês John Dalton (1766-1844, químico, matemático e filosofo inglês) anunciou a sua teoria atômica no ano de 1808. Teremos a oportunidade de falarmos sobre isto na PARTE II, assunto ao qual espero ter despertado sua curiosidade em conhecer.


BIBLIOGRAFIA
1 - Ohlweiler, Otto Alcides, Introdução à Química Geral, Editora Globo, Porto Alegre, 1967.
2 - Willie e outros, Química Geral, Editora McGRAW-HILL DO BRASIL, São Paulo, 1978.

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